A Ameaça Quântica ao Bitcoin: Uma Corrida entre Inovação e Risco

02.08.25 16:51:27 - Por Ricardo Carvalho

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A computação quântica tem sido apontada como uma das maiores ameaças potenciais ao mundo das criptomoedas, especialmente ao Bitcoin, cuja segurança depende de algoritmos criptográficos como o ECDSA (Elliptic Curve Digital Signature Algorithm) para assinaturas digitais e o SHA-256 para hashing. 

Esses mecanismos, robustos contra computadores clássicos, podem ser vulneráveis a algoritmos quânticos como o de Shor, que resolve problemas de logaritmo discreto de forma exponencialmente mais rápida, permitindo a derivação de chaves privadas a partir de chaves públicas expostas.

No entanto, enquanto a tecnologia quântica avança, a blockchain do Bitcoin também evolui, criando uma dinâmica de adaptação que pode mitigar esses riscos.


O Avanço da Computação Quântica e Seus Impactos

Em 2025, as empresas continuam progredindo com qubits mais estáveis, mas computadores quânticos capazes de quebrar chaves ECDSA de 256 bits ainda exigem milhões de qubits lógicos – algo estimado para daqui a uma década ou mais.

A ameaça não é imediata, mas real: cerca de 25% dos Bitcoins estão em endereços com chaves públicas expostas, tornando-os suscetíveis a ataques "harvest now, decrypt later", onde dados são coletados hoje para serem decifrados no futuro.

Grandes players já listam a computação quântica como um risco material em seus fundos de Bitcoin.

O hashing SHA-256 é mais resistente, graças ao algoritmo de Grover, que oferece apenas uma aceleração quadrática, mas o foco da vulnerabilidade está nas transações e carteiras.


A Evolução da Tecnologia Blockchain

Paralelamente, a blockchain do Bitcoin não é estática. Sua natureza open-source permite upgrades via soft forks, como propostas de BIP (Bitcoin Improvement Proposals) para migrar para algoritmos pós-quânticos, como os padronizados pelo NIST (ex.: Dilithium ou Falcon para assinaturas).

Esses algoritmos baseiam-se em problemas matemáticos resistentes a quânticos, como lattices ou hash-based signatures. Outras blockchains, como Ethereum, já exploram adaptações semelhantes, e protocolos de transição suaves estão sendo desenvolvidos para evitar disrupções.

Essa evolução garante que o ecossistema cripto possa se preparar proativamente, protegendo ativos antes que a ameaça se materialize.


Tese: Adaptação como Chave para a Sobrevivência

Embora a computação quântica represente uma ameaça existencial à criptografia atual do Bitcoin, a evolução paralela da tecnologia blockchain, com a adoção de algoritmos quântico-resistentes, não apenas mitiga o risco, mas fortalece o sistema a longo prazo. Em vez de um colapso, veremos uma transição para uma era mais segura, onde a inovação quântica impulsiona melhorias na blockchain, preservando o valor e a confiança no Bitcoin. O segredo está na preparação antecipada – e o tempo para agir é agora.


Informações coletadas por  IA na Web e revisadas por Ricardo Carvalho.